Concept

Artistas

 

Yves Klein - 1958 - propõe uma exposição do vazio –uma galeria de arte totalmente vazia. Os visitantes da inauguração acolhidos por uma banda militar, passavam por um reposteiro Azul Klein Internacional suspenso à entrada e desembocavam numa galeria de paredes nuas.

https://www.yveskleinarchives.org/

Piero Manzoni – expõe Linha Infinita uma caixa cilíndrica em que se afirmava estar contida uma linha de um comprimento infinito (a obra é a própria ironia);

expõe latas de conserva rotuladas como Merda de Artista (1961) que vende ao preço do ouro (na cotação da altura).

https://www.pieromanzoni.org/index_it.htm

Joseph Kosuth – apresenta One and three Chairs (1965), uma cadeira junto de uma fotografia da mesma cadeira e da definição de cadeira fornecida por um dicionário – obra que se baseia na múltipla possibilidade expressiva de objectos banais. O conceito de cadeira permanece, mas em diferentes graus de representação. O artista interroga-se acerca da relação que existe entre um objecto, a representação que dele pode ser feita e a linguagem.

John Latham em 1966 convidou alunos e artistas para um “mascanço” (representação por mímica dos comícios e ocupações contestatárias da época, que incluía escolher uma página do livro Art and Culture de Clement Greenberg, rasgá-la, mastigá-la e cuspir os resultados para um recipiente. Depois desfez a polpa em líquido com uma mistura de químicos e fermento. Quando a biblioteca do colégio universitário solicitou a devolução do livro, recebeu um tubo de ensaio com álcool – Latham destilara o Art and Culture. Latham foi despedido mas deixou um ícone conceptual: uma pasta contendo um exemplar do livro, as pipetas de vidro, os químicos e a carta de demissão de Latham, que integra hoje a colecção do Museum of Modern Art em Nova Iorque.

Robert BarryA galeria permanecerá encerrada enquanto a exposição durar - obra exibida em diversos pontos dos EUA e da Europa.

Keith Arnatt e a desmaterialização do próprio artista – Self-Burial (Autofuneral), 1969.- sugeria o desaparecimento do próprio artista – retracto irónico do destino do autor modernista às mãos da Arte Conceptual.

Sol Lewitt, Yoko Ono e Lawrence Weiner - realizam um conjunto de instruções escritas que descrevem a obra, sem que esta se realize de facto – dão ênfase à ideia.

Outros artistas:

Joseph Beuys.

Fluxus – provocação, crítica, humor extravagante – revolução cultural, social e política através da arte.

Mike Kelley e Tracy Emin (conceptualistas da segunda ou terceira geração ou pós-conceptualistas).

 

A arte conceptual rejeitando o objecto artístico, pode-se tornar aborrecida para quem continua a sentir a necessidade de ver arte, e não apenas de a pensar.

Continua no entanto a influenciar a pesquisa dos criadores contemporâneos.

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